Gestão

Vamos Ter Profissionalismo com Retenção de Colaboradores

É impossível falar de excelência em hospitalidade sem tratar do principal ativo de um hotel: a mão de obra. Ainda assim, o setor insiste em manter políticas frágeis de contratação, salários abaixo do ideal e uma cultura de promoções apressadas — como bem aponta o artigo publicado no portal UAI, e que precisa ser lido e discutido seriamente.

Concordo plenamente com a crítica feita no texto: não faltam pessoas querendo trabalhar — falta investir na profissionalização de quem serve. E, infelizmente, isso ainda é visto por muitos gestores como “gasto”, quando deveria ser compreendido como investimento estratégico de longo prazo.

 

Salários e reconhecimento: comparações que falam por si

Durante os últimos três anos, tive a oportunidade de acompanhar de perto a hotelaria portuguesa, estive lá. Lá, o cargo equivalente ao nosso gerente geral (o “Diretor Geral”) já era há 50 anos, tem salários que variam de 65.000 a 128.000 euros por ano, considerando sempre o 13º mês. Gerentes de áreas operacionais chegam a 60.000 euros anuais.

No Brasil? O PNAD aponta R$ 6.900,00 mensais como média para gerentes de hotel — algo próximo de 14 mil euros por ano. Essa defasagem não é apenas cambial: é cultural. Portugal investe em formação contínua, carreira estruturada e em escolas especializadas (como as Escolas do Turismo de Portugal). Aqui, ainda tratamos a equipe como custo variável e descartável.Read more

Alojamento Local ou Moradia

A nova lei do AL não deixa que ninguém em sã consciência invista no tipo de empreendimento, mas essas duas construções estão a 100 metros uma da outra no centro do Porto.

A que está cercada é fácil entender que vai cair, nem sei mesmo se a recuperação seria viável, e muito menos para qualquer tipo de habitação, mas a que está com a placa de vende-se é recuperável, então o que algum hoteleiro espera para recuperá-la e transformá-la não em um AL mas em residência digna e decente para renda a preços igualmente decentes e disponibilizá-la para mão-de-obra que a maioria das vezes não conseguem por falta de moradia?Read more

O Dinheiro é meu…?

…Será? Cuidado, talvez não! você fez algum trabalho, prestou um serviço, e recebeu por isso? Ainda assim ele só é seu depois de cumpridas as obrigações, como pagamentos a parceiros ou colaboradores, taxas ou impostos, ou seja, é sua a diferença entre o valor recebido e a dedução dos compromissos todos cumpridos.

É comum ainda nos dias de hoje vermos “empresários” (os de verdade que me desculpem) levando o dinheiro do caixa das empresas para usarem como bem entendem, parece que eles esquecem, ou por egoísmo, nem querem saber que esses valores pertencem a um CNPJ, que tem personalidade jurídica, e como tal obrigações inerentes a esta, quando os valores (levados) não levam em conta estas obrigações com a alegação de que “são meus” isso vai invariavelmente gerar protestos, não só dos colaboradores como também os cartorários, cortes e ou dificuldades nos fornecimentos, enfim essas atitudes levam o CNPJ e seus titulares ao descrédito.Read more